No dia 23 de setembro de 2025, data em que também se comemora a ordenação sacerdotal de Gailhac, foi feito o lançamento do livro da Ir. Maria Helena Morra, líder da Área Brasil.
Em um encontro leve para discutir um assunto sério, que é o tráfico de seres humanos. Por meio da História Oral foi desenvolvida uma pesquisa junto a seis mulheres traficadas. Um processo de formativo de doutorado que agora se transformou em livro, aumentando as possibilidades de discussão sobre a dignidade humana e opressão às mulheres.
Na abertura do evento, Ir. Ana Helena Andreão lembro que “o caminho se faz ao caminhar” e rememorou a trajetória das RSCM na luta em Defesa da Vida e o combate ao tráfico de seres humanos.
Ao compartilhar aspectos importantes sobre o livro Por um fio: Educação, Civilização e Barbárie – seis mulheres traficadas, a autora convidou o grupo a pensar nas novas formas de barbárie que ocorrem na atualidade e demonstrou o potencial do processo educativo como possibilidade de ruptura e construção de novas realidades por meio da autonomia e emancipação das pessoas.
Maria Helena Morra, foi desenvolvendo a temática, a partir da mediação da Prof. Dra Magali Reis e do Prof. Humberto Herrera, aspectos estruturantes da experiência de contato com as mulheres traficadas relatando a condição de confinamento à liberdade. O livro, traz de maneira inovadora uma temática que também cabe à educação realizar. “O Tráfico de Seres Humanos (TSH) é um atentado contra a humanidade, consubstanciado em agressão inominável aos direitos humanos: explora a pessoa, limita sua liberdade, despreza sua honra, afronta sua dignidade, ameaça e subtrai a sua vida” (Morra, 2025, p. 17).
O evento contou com a presença dos colaboradores do Centro Provincial, representantes da Família Ampliada Sagrado Coração de Maria, pastoral de Rua e pastora das mulheres, Equipe da Área da Missão, Religiosas do Sagrado Coração de Maria, parceiros da fundação SM e integrantes de colégios confessionais e professores universitários.
Ao pensarmos na simbologia da expressão “por um fio” somos transportados para um universo de urgência sobre a temática, mas também de esperança, considerando que a nossa condição humana é de movimento e possibilidades de transformação. A leitura do livro convoca a todos (as) ao combate da barbárie de “gente vendendo gente”.