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Pelas veredas do cerrado: encontro da FASCM em Curvelo

“Não há distâncias para os corações que estão unidos”. Foi imbuído desse sentimento, que no dia 15 de agosto de 2025, 18 participantes do grupo da FASCM do bairro Lagoa deslocou-se para um encontro junto à comunidade de Curvelo. Momento motivado pelo desejo de fundação de um novo grupo de FASCM.

Na trajetória pelas veredas do cerrado, não faltou assunto… muito se recordou sobre a importância das RSCM na vida de cada uma daquelas pessoas que integrava o grupo visitante. Levávamos na bagagem a experiência de mais de 20 anos de existência enquanto grupo que se reúne para aprofundamento da espiritualidade, à luz do Carisma do Pe. Gailhac, alicerçada na Palavra e no compromisso com a Defesa da Vida. Sabíamos que encontraríamos em Curvelo, pessoas desejosas em conhecer mais o legado do Pe. Gailhac, no entanto, não tínhamos a real noção de quão pulsante os exemplos que Gailhac nos deixou, continuam vivos naquela comunidade.

Encontramos um grupo numeroso, constituído por pessoas da comunidade eclesial de base, do Centro Social Achilles Diniz e Religiosas do Sagrado Coração de Maria (Ir. Helena Pin, Ir. Ângela Machado e Cláudia Oliveira). Fomos acolhidos(as) com a tão característica hospitalidade mineira. A alegria do encontro, a generosidade da escuta e a união de corações tomou conta de todos nós.

No decorrer do encontro revisitamos a história do IRSCM e alguns aspectos essenciais do Carisma do Pe. Gailhac. Tivemos a oportunidade de refletir sobre a história de vida e os traços que forjaram o nosso fundador Jean Gailhac. Suas contingências, decisões e escolhas nos ajudaram a olhar para os desafios atuais, reconhecendo a nossa identidade. Para esse momento Deise Elen foi a mediadora da reflexão.

A coordenadora da Equipe Central da FASCM, Sônia também motivou os participantes a constituírem um grupo de FASCM, repassando informações sobre a identidade, as linhas de orientação, objetivos e funcionamento dos grupos da FASCM.

Parafraseando Guimarães Rosa, podemos dizer que “o real não está na saída nem na chagada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia (2001, p. 80). Esse trecho escrito no livro Grande Sertão Veredas, pode nos ajudar a ler o que foi a experiência do encontro, bem como a lucidez de que o início de um grupo exige persistência e coragem. Demos o primeiro passo, sabemos que ainda há muito por fazer, mas sentimos que o desejo demonstrado e a abertura de coração pode gerar bons frutos.

 

O percurso sempre exigirá dedicação, mas também sabemos que assim como a vegetação do cerrado é conhecida como “berço das águas” por sua importante função de proteger as nascentes. Sendo assim, reconhecemos que o grupo iniciado saberá fazer brotar o novo e deixar-se transbordar.

Voltamos animados (as) e agradecidos (as) pela riqueza do que vimos, ouvimos e vivemos.

 

Texto escrito pela Equipe Central da FASCM – Área Brasil