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História da Tribo Xavante em São Félix do Araguaia

Em 1964, grande área ali foi vendida, afirmando que não havia nelas aldeias indígenas. As terra foram vendidas para Suiá – Missu. Um milhão e meio de hectares, tendo ali os Indígenas  Xavantes de Maraiwatsede, foram vendidos  para os Americanos, com dez mil cabeças de gado e duzentos empregados. Após uma tentativa fracassada de transformar os Xavantes em peão de Fazenda, resolveram exilá-los, levando-os para a missão Salesiana em São Marcos, com os aviões da FAB. Em 1957, outro grupo faminto e doentio saiu; foi para Missão Salesiana de Sangradouro; e um outro, na mesma situação na missão Merure – ambos no município de General Carneiro. Com bom atendimento das Salesianas, a população Xavante foi se recuperando demograficamente e na autoestima.

Os fatores mais importantes que levaram à demarcação das terras Xavantes foram: a firmeza e determinação superam as difíceis fases de transição do segundo contato com a sociedade envolvente; os Xavantes recuperam a vitalidade guerreira de sua cultura, com seus padrões de organização social e suas instituições, língua e rituais. Vivendo em grupos autônomos e às vezes com graves conflitos entre si, aprenderam, porém, a se unirem para atingir seus objetivos comuns, a começar pela conquista da terra.

Mario Juruna de São Marcus, único Índio Deputado Federal no Brasil: frequentemente se deslocava para Brasília, com borduna na mão, a exigir a demarcação de suas terras e a defesa dos seus direitos.

E com a pressão dos Xavantes, liderados pelo Cacique geral Damião, o governo federal acionou a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária para desocupar a terra em  2012. Hoje existem seis aldeias Xavantes e mais de mil Indígenas

A prelazia de São Félix do Araguaia busca uma atuação na vivência de uma “Igreja em saída”, sendo presença e testemunho profético na Igreja e na sociedade, sempre a partir dos pobres e excluídos. Dom Adriano, Bispo da Prelazia, nos apoia e facilita com recursos de doações para realizar a missão que é bem exigente e necessária; e a nós, muita dedicação, desprendimento e sempre no coração as bem-aventuranças. Os povos Indígenas necessitam de muitas ajudas, fazemos muito com os recursos disponíveis, fortalecidas pela ação de Deus que vai atuando a cada dia e fazendo a multiplicação dos pães.

Enfim, trago presente o Pe. Gailhac, que com certeza está dando apoio a essa missão que não é minha, é de todas nós, RSCM.

Ir. Lucilene, RSCM